domingo, 11 de outubro de 2015

O Museu de Woodstock

   


            Sempre ouvi falar de Woodstock. Imagens antigas de hippies assistindo a shows desse grande evento da década de 60. Aconteceu no mesmo mês e ano que eu nasci. Grandes nomes estiveram presentes. É só pesquisar na internet que está tudo escrito e registrado. Porém, visitar o museu é algo totalmente diferente e difícil de descrever. Mesmo que você não goste de rock, hippies ou mesmo música dos anos 60, é emocionante. Dá uma saudade de algo que a gente nem viveu.

            Além das imagens, filmes, posters e outros, há muita informação interessante em textos por todo o museu. Por exemplo, eu não sabia que meio milhão de pessoas esteve presente ao evento. Não sabia também que aconteceu em uma fazenda pois na última hora, o local predeterminado se negou a participar do evento. Não sabia que as barracas de coleta de ingressos não ficaram prontas a tempo e que 80% das pessoas entraram sem pagar. Não sabia que houve congestionamento de dezenas de quilômetros e que as pessoas, a partir de um momento, foram todas à pé. Que a comida acabou no primeiro dia e que voluntários das fazendas alimentaram a multidão até o terceiro dia sem cobrar por nada, tudo de doações e trabalho voluntário. Que mesmo com 1/2 milhão de pessoas e milhares de carros todos chegando ao mesmo tempo, não houve se quer um incidente grave relatado pela polícia ou autoridades durante todo o evento. Que artistas que torceram o nariz para o evento e se recusaram a comparecer, disseram depois que foi o maior erro de suas carreiras. Que Janis Joplin morreu no ano seguinte. Que os produtores do evento eram mais jovens do que eu sou agora e que o nome do evento foi The Woodstock Music and Art Event porque artistas expuseram suas obras lá também. Que os shows aconteceram durante o dia e durante toda a noite. Que as pessoas dormiam e acordavam ao som de música. Que todo mundo fez o que quis, e que não há registro de ninguém ter feito mal ao próximo. E tem muitas outras coisas que se aprende ao visitar o museu. Sabe uma coisa interessante que eu notei. Em dezenas de fotos que eu vi da multidão, não tinha sequer uma pessoa obesa. A indústria do fast food acabou com os americanos...


            Woodstock jamais irá acontecer novamente do jeito que foi. Vários fatores contribuíram para que ele acontecesse do jeito que aconteceu. A música da época, os artistas, o movimento hippie, as roupas, a década, a geração, a mentalidade...Para que um Woodstock acontecesse novamente, todos estas coisas teriam que voltar. É simplesmente impossível.  Ficou pra história. Nada se compara àquilo, nem mesmo Rock in Rio. Nunca fui fã de Woodstock, hoje sou e pretendo um dia voltar com mais tempo ao museu para visitar o local do palco e outras coisas mais que não deu tempo.


Veja ao fundo as pessoas indo à pé por quilômetros até
o local do evento.
            Registrei ao máximo o que pude para compartilhar com os leitores do blog. Enjoy!











As pessoas pintaram os ônibus, vãs e outros que iam em direção ao festival.
Um jovem que veio de longe chegou em Woodstock com 2 dólares e nunca mais
voltou. Hoje ele trabalha no museu...


















clique na imagem para ver em tamanho maior










O museu fica no estado de Nova Iorque. Aqui vai o link da página do museu.

200 Hurd Rd
Bethel, NY 12720
+18667812922

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Viagem a New Jersey


            Sabia que é mais caro ir para o Brasil daqui do que ir à Europa? Me pergunte, se eu tivesse que escolher para onde eu iria? Tenho saudades da Europa, das ruas e cidades antigas, da comida, das pessoas, do cenário. Eu amo o Brasil e toda minha família e amigos que tenho por lá. Mas eu tenho medo.

            E como eu não posso ir agora nem ao Brasil e nem à Europa, o negócio é viajar por aqui mesmo. Tem tanto lugar bonito para visitar que é até difícil decidir. A convite de um amigo de infância do Robert, fomos a New Jersey, na cidade de ByramTownship passar o final de semana com direito a um passeio na festa de San Genaro em Little Italy, Manhattan, Nova Iorque e uma visita ao museu de Woodstock no domingo.  
     
            Devo admitir que o aeroporto de Newark é o mais sujo que já pus os pés nos EUA. Além de sujo, me parece que as pessoas não estão muito felizes com o emprego que têm por lá (no aeroporto). O choque seria mesmo sair do aeroporto de Washington e ir para Newark. Afinal, Washington é a capital do país. Mas a limpeza e educação das pessoas alí faz a gente pensar que está em outro país. Chegando em Newark alugamos um carro e fomos direto para a casa do Donnie e da Heather. A Heather é a mulher mais alta que eu já conheci na vida. Convertendo, ela tem 1,93 de altura e simpatia.

Donnie e Heather
            A casa de 4 dormitórios, em um bairro aos pés de um morro, tinha dentro dela uma surpresa. Quatro adoráveis cachorros. Já gostei. Sem contar as árvores, o lago, os bichos e a temperatura agradável de 19 graus. Lá, pelo menos na casa deles, ar condicionado só nos quartos. Segundo eles, mesmo no verão é só abrir as janelas e ligar os ventiladores que não se fica desconfortável.



Vista do lago, do terreno da residência

Só me dei conta que estava faltando um quando cheguei :-(
Adoráveis e bem tratados.
            Chegamos na sexta e à noite fomos jantar em um restaurante japonês. No sábado, fizemos a viagem de 55 minutos à Manhattan para a festa de San Genaro. Foi muito interessante ver os novaiorquinos passeando em meio à festa e saboreando comida e sobremesas italianas. Havia muitos italianos e descendentes de italianos nas barracas da festa. Mas havia também todo tipo de barraca. Artesanato, arte, comida, eletrônicos, etc. O ponto alto da festa era o desfile com a presença de atores descendentes de italianos como o Tony Danza, do seriado Who's the Boss, que eu já assitia no Brasil. 







Ele, como todos nós também envelhece
          O Donnie, amigo de infância do Robert é caminhoneiro nos EUA. Mas não é qualquer caminhão que ele dirige. Pelas fotos que ele me mostrou, é um caminhão de 18 rodas! Quase meio quarteirão de comprimento. Na garagem, ele possui um 77 Pontiac Trans Am e uma Harley Davidson. Eu não queria, mas ele insistiu em tirar fotos minhas nas "preciosidades" dele. Eu fiquei meio constrangido hehe


  
Aliás, o Trans Am está à venda por 20 mil dólares


            New Jersey tem tantas coisas boas, eu nem imaginava. Padaria italiana, parecida com a do Brasil, incríveis bagles, pizza deliciosa e muito verde. Não é à toa que é chamado de Garden State (Estado Jardim), parece um jardim mesmo. Mais algumas fotos.

Bagles incríveis saídos do forno



Na padaria italiana, pão fresco a cada 2 horas

Padaria italiana da cidade

American pies




       No próximo post eu vou escrever somente sobre a visita ao museu de Woodstock. Foi uma experiência incrível. No final, deu dó de ir embora, mas quem sabe o que o futuro trará, não é mesmo? Mais fotos do Garden State.







George Washington ficou hospedado nesta casa.





New Jersey, the Garden State



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