sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pratos do Halloween



          
No ano passado eu escrevi um post sobre decoração de Halloween e como eu acho que os americanos são fanáticos por esse feriado. A quantidade de dinheiro que se gasta com as decorações e doces é astronômico. Segundo a Nielsen Research, gasta-se 2 bilhões de dólares somente com doces. Aqui em casa, a Louise já comprou um saco de doces para as crianças que vêm bater a porta dizendo “doces ou travessuras”. Ninguém quer ser vítima de travessuras, não é mesmo?

              As casas do bairro já estão quase na totalidade decoradas com abóboras, teias de aranha, caveiras e fantasmas que até assustaram a Annabelle outro dia. Na faculdade, na recepção tem teia de aranha, aranha gigante, zumbis sentados nas poltronas de espera e outras coisas mais. Na TV as propagandas sobre o Halloween se multiplicaram e até mesmo as séries terão episódeos de halloween esta semana, como por exemplo Desperate Housewives que promete ser bem engraçado.

          Este ano, me interessei em pesquisar e saber as receitas típicas de Halloween. A única que eu conhecia era a torta de abóboras que é muito boa. Mas no supermercado tem outras coisas interessantes também. Assim como os brasileiros têm o panetone e todo mundo compra, mesmo quem não comemora Natal, aqui são estas as receitas típicas do feriado:




Barmbrack - Bolo de frutas (?)

Corn Candy - Doce de Milho

Pumpkin Candy - Doce de abóboras

Pumpkin Pie - Torta de Abóboras

Pumpkin Bread - Pão de abóboras

Roasted Pumpkin Seeds - Sementes de abóbora torradas

Roasted Sweet corn - Milho doce assado

Soul cake - ?
E agora as mais interessantes e engraçadas fantasias para cachorros:

















segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quem é Patriota Põe o Dedo Aqui!

Amanhã é o último dia para a entrega da minha redação de pesquisa. Eu tinha algumas opções como escrever sobre bandas de rock, a profissão de Interior Design no futuro ou sobre o meu país de origem. Resolvi escrever sobre o Brasil e pra quê? A cada pesquisa que fazia, mais revoltado eu ficava. Em inúmeros sites brasileiros eu vi pesquisas que mostram que o nosso país é o 6º mais violento do mundo e, ao contrário do que o governo quer aparentar por causa da Copa do Mundo e Olimpíadas, o crime, a corrupção e a impunidade continuam crescendo.


O research paper que eu acabei de escrever tinha que percorrer os campos da economia, educação e custo de vida entre outros. Custo de vida estava fácil porque eu já escrevi este artigo aqui sobre a comparação custo de vida Brasil x EUA. Mas novamente me revolta saber que os brasileiros irão trabalhar 149 dias em 2011 (102 nos EUA) só para pagarem 40.54% do salário em impostos e que uma boa parcela deles serão roubados pelo poder público. 


Fiquei também pasmo de ler que o governo brasileiro considera pobre somente alguém que ganha menos que 200 reais por mês (o que já somam 1/3 da população). Quer dizer que quem ganha 500 reais não é pobre? Qual será a porcentagem das pessoas que ganham menos de 500 reais no Brasil?
O que se compra no Brasil com 500 reais?


Ao contrário dos outros brasileiros da escola que só irão falar que o Brasil é a sétima economia do mundo, que tem a maior festa do planeta (o maldito carnaval), a melhor comida do mundo, as mulheres mais bonitas do mundo eu acho que tudo isso é a maior representação do "pão e circo" que já se viu desde Roma. Eu sou patriota o bastante para não fechar os olhos para todos os problemas sérios do meu país e fico revoltado de ver como essa raça de corruptos e a lei do leva vantagem e jeitinho está tomando conta do nosso lindo país.


Eu acredito que mais patriota não é aquele que fecha os olhos e só fala bem do seu país mas sim aquele que se revolta e expõe a maneira em como este país e o povo estão sendo tratados e administrados.


Segue a matéria do blog do Reinaldo Azevedo citando a revista Veja


Sim "veja!"


Matéria de Capa - O custo da corrupção no Brasil: R$ 82 bilhões por ano!!!

A VEJA desta semana traz uma reportagem de Otávio Cabral e Laura Diniz sobre o custo da corrupção no Brasil: R$ 82 bilhões por ano — ou 2,3% do PIB. É uma soma estratosférica, e isso nos coloca, certamente, entre os países mais corruptos do mundo. Ou melhor: isso coloca o poder público do Brasil entre os mais corruptos do mundo. Leiam um trecho:
(…)
Nos últimos dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram desviados dos cofres brasileiros R$ 720 bilhões. No mesmo período, a Controladoria-Geral da União fez auditorias em 15.000 contratos da União com estados, municípios e ONGs, tendo encontrado irregularidades em 80% deles. Nesses contratos, a CGU flagrou desvios de R$ 7 bilhões - ou seja, a cada R$ 100 roubados, apenas R$ l é descoberto. Desses R$ 7 bilhões, o governo conseguiu recuperar pouco mais de R$ 500 milhões, o que equivale a 7 centavos revistos para cada R$ 100 reais roubados. Uma pedra de gelo na ponta de um iceberg. Com o dinheiro que escoa a cada ano para a corrupção, que corresponde a 2,3% de todas as riquezas produzidas no país, seria possível erradicar a miséria, elevar a renda per capita em R$ 443 reais e reduzir a taxa de juros.
(…)
As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade. O governo federal emprega 90.000 pessoas em cargos de confiança. Nos Estados Unidos, há 9.051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300. “Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado”, diz Cláudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil.
Há no Brasil 120 milhões de pessoas vivendo exclusivamente de vencimentos recebidos da União, estados ou municípios. A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. A impunidade reina nos crimes contra a administração pública. Uma análise de processos por corrupção feita pela CGU mostrou que a probabilidade de um funcionário corrupto ser condenado é de menos de 5%. A possibilidade de cumprir pena de prisão é quase zero. A máquina burocrática cresce mais do que o PIB, asfixiando a livre-iniciativa. A corrupção se disfarça de desperdício e se reproduz nos labirintos da burocracia e nas insondáveis trilhas da selva tributária brasileira.
Por Reinaldo Azevedo
http://tinyurl.com/4xnzz3d 

sábado, 22 de outubro de 2011

Drive Thru de Bancos nos EUA

              Se alguém pensava que já tinha visto tudo neste blog, assim como eu ficaria de boca aberta ao ir em um drive thru nos EUA. A palavra drive “thru” como disse meu professor de literatura é um misto de preguiça e descaso. O correto seria Drivre Through(passar dirigindo), mas como o som é de “Thru”, é assim mesmo que fica escrito no chão e nas placas.

             Hoje fomos visitar a avó do Robert com o irmão dele Jimmy em Deltona. Eu resolvi levar a Annabelle porque Loretha ainda não a conhecia. Sinceramente ela se comportou melhor que os filhos dos primos do Robert. Não latiu nenhuma vez, não mexeu em praticamente nada (exceto um coelhinho de pelúcia que ela achou no quarto de hóspedes e trouxe para a sala e todo mundo disse ahhhhhhhhhhh), fez uma inspeção geral na casa e deitou no carpete a tarde inteira.
             Na volta passamos em um banco onde o Jimmy foi retirar dinheiro. Passamos pelo  “Drive Thru”. De dentro do carro Jimmy assinou o “cheque” (lembrei de um dos maridos da minha mãe (ela teve 5) que dizia “precisa assustar o cheque” kkk). O Robert pegou o tubo da janeilinha, colocou o cheque dentro do tudo e de repente o tubo subiu por outro tubo de vidro na velocidade da luz. Em 2 segundos a mulher, distante pelo menos 30m de nós já estava com o tubo retirando o cheque de dentro dele. Checou a conta, pegou o dinheiro e colocou dentro do tubo. Swiftttttt...e o tubo estava nas mãos do Robert novamente. Dentro do tubo ainda veio um ossinho de cachorro para a Annabelle enviado pela gentil senhora. De lá de longe ela dava tchauzinho pra Annabelle. Eu e a Annabelle ficamos de língua de fora, pasmos olhando pela janela do carro.


Funcionária colocando o tubo dentro do dispositivo.
                 Eu fiquei admirado em primeiro lugar porque não houve nenhum tipo de checagem por parte do Banco. O cheque com a assinatura e a carteira de motorista foram suficientes para a mulher liberar o dinheiro. De onde ela estava, a mulher não poderia dizer se a foto conferia com a cara do Jimmy. Sem contar o fato de que a agência do Jimmy é em Las Vegas. No entanto ela pode ver-nos através da câmera. Confiança? Não sei, acredito que é porque há câmeras que filmam o carro e os passageiros. Falsificar um cheque e sacar o dinheiro com certeza dá cadeia e eles te acham com certeza. Outra coisa que sinto diferença é que aqui a palavra da pessoa tem valor.
                Em segundo lugar, o que me impressionou foi o sistema do tubo que funciona por ar comprimido; achei genial. Em terceiro, os funcionários trabalhando aos sábados. Na terra do capitalismo selvagem, isso era o mínimo que deveríamos esperar, não acha?
                Abaixo um vídeo de um cliente que colocou o celular gravando um vídeo dentro do tubo. O Funcionário do banco, educadíssimo pergunta "O que é isso?" e você ouve a conversa dos dois. Um sarro...


              Outro vídeo que mostra o sistema.



Este vídeo aqui que não consegui colocar no post mostra o "agrado de Annabelle"
http://www.youtube.com/watch?v=_H6mTnwqRjI&feature=related
Enviado por um leitor que assina como Sunsetboy

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Aula de English Composition

Primeiramente meus queridos leitores, me desculpem a ausência. Tenho estado muito ocupado com a faculdade. Estou cursando três matérias que estão consumindo cada minuto do meu dia. Uma delas é redação. Tem-se que escrever, no mínimo, duas redações por semana de mil palavras seguindo passo a passo o sistema de composição de texto aprendido nas aulas, além das lições de casa. E embora não pareça uma tarefa difícil, leva muito tempo para ficar de acordo com todas as lições das aulas de inglês, como formato MLA e redação de cinco parágrafos.
Se existe uma coisa que me impressionou muito desde que comecei a assistir às aulas de Mr. McWhorter é a diferença entre o inglês que estudamos no Brasil e o que se estuda aqui na faculdade. Eu achava que, por ter estudado tanto tempo inglês no Brasil em escolas particulares e também após ter feito o curso preparatório para o TOEFL, pouca coisa restava para aprender dessa língua. É claro que eu estava redondamente enganado. Esqueça de vez o "the book is on the table" e "this is a chair, this is a tree".  
Usamos este livro nas aulas. Excelente!!
Aqui você não encontra "The book is on the table"
Não somente as pessoas falam de maneira diversa do que se aprende no Brasil, como existem inúmeras regras e maneiras de escrever que eu sequer sabia que existiam. As aulas de Mr. McWorther abriram a minha mente e me deram ferramentas para entender, falar e escrever de maneira melhor. Ele ensina "English Composition I e II". Cada uma destas matérias tem a duração de 10 semanas e as atividades, lições e redações levam muito tempo para serem feitas. Até mesmo minha maneira de escrever em português melhorou porque muitas técnicas de preparação de texto, introdução e conclusão de parágrafos, desenvolvimento da idéia, aplicam-se a qualquer língua.

Este é o segundo livro que usamos. Os textos
são incríveis, mesmo o de estudantes.

Na semana passada tivemos o Midterm Evaluation (avaliação do meio do trimestre). Enquanto o professor passava 10-15 minutos conversando com cada aluno individualmente, a minha durou menos de 1 minuto. Pela cara dos que vinham da "conversa" particular com o professor, eu já estava me sentindo um pouco nervoso. Na minha vez, ele me mostrou as minhas notas e disse "pronto, pode ir". E eu perguntei, mas o Sr não tem nada para me falar, nenhuma sugestão? E ele respondeu: "Olha Renato, você está se saindo melhor que todos os outros alunos, mesmo o inglês sendo a sua segunda língua. Quisera eu que os alunos americanos se esforçassem para aprender como você". Saí de lá com sorriso de cachorro com calor; de orelha a orelha. Nem preciso dizer que alguns alunos americanos ficaram enciumados.
Por todo meu esforço de ficar com todas as médias A desde
que comecei, recebi este Award mês passado em um evento
na faculdade. Queria compartilhar com vocês...
Eu ainda tenho muita para aprender, afinal estou aqui há apenas um ano e dez meses. No entanto, tenho melhorado bastante. Mas ainda falta muito vocabulário para poder escrever bem. É uma pena que no início de novembro, as aulas com Mr. McWhorter terminam e eu não terei mais aulas de inglês.
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Para matar a curiosidade, aí vai uma cópia da minha última redação "definitions". Mas se encontrar algum erro nem adianta falar porque eu já entreguei. Rá!
It is Rude
            A lot of people think they know what rude is. The reality is that rude can be many things. Some things and behaviors are considered rude in some cultures but not in others. Even among people of the same culture, they don’t agree what is rude or not. The truth is that rude is everywhere; there’s no escape.
            The Dictionary of Cambridge on line says that rude is “behaving in a way that hurts other people’s feelings; not polite.” Polite would be the opposite or “behaving in a way that is socially correct and shows respect for other people’s feelings.” But let me say something. This is only the tip of the iceberg. Not all actions that hurt my feelings are rude. A lot of things wouldn’t hurt my feelings but they are rude too. And many times people politely hurt my feelings. But let’s begin with the obvious.
            Reading a book for my Cultural Diversity class, I was impressed to learn that there is a scientific explanation for “being late”. The book says that different countries have different “time orientation”. The author explained that the world could be divided in two categories, the monochronic and polychronic time orientation. In plain English, polychronic is the type of culture that follows a strict schedule and is most often “on time.” Monochronic would be the type of culture which the time is not important, or they would consider people and personal agenda more important than to be “on time.” Excuse me? No matter what they try to teach me, I don’t care, leaving someone waiting is rude! Unless something unusual happened, there is no excuse to leave someone waiting. I feel completely upset if someone is waiting for me because I can’t stand to be waiting for other people. I would say then that, the world could be divided in two, according to time orientation: the rude and the polite ones.     
            Rude is everywhere, especially in my actual college. It is the guy behind me in the classroom with his ear phones on, singing while the teacher is lecturing. It is in the group of the students speaking Spanish in front the American teacher while they can perfectly speak English. It is the girl that hangs 75 different types of jewelry around her neck and on her arms while she comes to class late and walks heavily to her seat shaking that jewelry. It is the woman that leave her phone on during the class and it rings three times in two hours and she refuses to put it on vibrate. It is the girl that comes to school almost naked and the guy showing his butt while his jeans sit almost at his knees. These things don’t hurt my feelings but they are rude; yes they are. And no matter what you do. It seems that these people will never understand why these actions are rude.
            There is no way to escape from rude. Rude is everywhere I go. I can see it at my house, the doctor’s office, the grocery store, the movie theater, the traffic jam, the gym, and on TV; only to cite some places. It appears that there are only a few people that take the trouble to be polite. And why I say trouble? Because being polite takes some work. I have to say “thank you” and “excuse me” many times more, give up my seat, open a door, help an elderly person, don’t forget to turn off my cell phone, think about other people’s feelings according to my behavior and my clothes among other things. The opposite is downhill; it is the easy way. It is the way some people think about themselves in the first place and the toilet for everybody else. It is to be monochronic.
            Certainly I can’t change this and I gave up trying long ago. At least for now I have the mechanisms to completely ignore the rude. I’m building an immune system for rude. As I read somewhere “you can’t control people’s actions but you can control how you feel.” But I wish humankind had created a magical medicine that would make people less rude and more polite. I would have plenty in my bag and I would put in people’s drinks, because rude people simply wouldn’t take it.
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