domingo, 30 de dezembro de 2012

Viagem a New York, New Jersey e Boston - Parte II

         Na parte anterior falei que cruzamos o Bronx e a ponte George Washington em direção a New Jersey. Partindo do princípio que este blog não é pra contar a minha vida e sim as impressões que tenho dos EUA e coisas que aprendo, não posso deixar de falar. Achei que New Jersey não tem o charme que outros lugares dos EUA têm (pra ser educado certo?). É claro que deve existir bairros bonitos, mansões, porque não é à toa que o estado é chamado de "the garden state". No entanto a maioria das ruas, a maioria das casas, pelo menos por onde passei, eram "bem simples". Talvez tenha sido o céu cinza e a chuva constante? Os prédios, casas e fábricas abandonados? As árvores secas? Realmente não sei. Até comecei a dar mais valor a paisagem Floridiana. Embora aqui seja "terra de ninguém" como dizem, a paisagem é fantástica.



           A casa da prima do Robert e a rua que ela mora foram uma surpresa. De fora a casa parece pequena, mas tem quase 200 metros quadrados em três andares. Quatro quartos, três banheiros, sala e uma "eating kitchen". Não se trata de uma "cozinha comestível" e sim uma cozinha espaçosa onde pode-se fazer refeições. Um cozinha que "caba" :) uma mesa com pelo menos, quatro cadeiras, já que as cozinhas americanas geralmente têm o bar ou uma ilha. Por isso chama-se "eating kitchen". O porão (bacement) tem sala com lareira, banheiro, bar, cozinha e lavanderia e foi lá que ficamos por três noites. Temperaturas negativas do lado de fora da casa, mas no porão acarpetado, com a lareira ligada, dava pra ficar de camiseta e shorts. Uma delícia...

A casa do Glen e da Dawn

A rua em que eles moram


A casa ao lado


            A Dawn (pronuncia-se dón), prima do Robert casou-se com o Glen no mês passado após cinco anos de relacionamento. O Glen tem dois filhos do primeiro casamento, Belinda (11) e Christian (9). A Dawn tem uma linda filha adolescente Samantha (17). O quarto dela é o "all American girl's room". (Esclarecendo esse termo que aprendi a poucos dias, "all American girl" refere-se às jovens americanas que "parecem" americanas, bonitas, gostam da música do momento, boas alunas na escola, filhas amáveis, honestas, que participam da torcida organizada (cheerleaders) do time de futebol do high school, etc. Essa foi a descrição que "americanos" me deram).  O quarto da menina era forrado de fotos de astros da TV e da música, bichos de pelúcia, bijouterias, etc. Exatamente como alguns quartos de adolescentes que vi em filmes americanos quando vivia no Brasil. Fiquei com vergonha de pedir pra fotografar...

Samantha, Belinda, Dawn, Glen e Christian.

            As "crianças" na casa da Dawn são educadíssimas, sem deixar de ser crianças, claro. A Dawn e o Glen são amáveis, porém firmes. Por exemplo, quando chegamos, todos estavam fazendo lição de casa na mesa da cozinha, antes do jantar ser servido. Só saía da mesa quando a lição do dia estivesse terminada. Comemos espaguete com almôndegas e linguiça calabreza. Delícia...

Belinda e Christian jogando video game no porão da casa.
                Mais delícia ainda foi provar o famoso pão de New Jersey. Depois que eu voltei da França achei que em nenhum lugar do mundo comeria pães como os franceses. Pegue a melhor padaria de São Paulo, a mais cara, a mais famosa. Talvez produza o pior pão da França. Tem que provar pra falar. Em New Jersey, no primeiro café da manhã, eles compraram um "misto quente" no Kaiser Roll. Um pão delicioso, como os franceses. Depois as baguetes e todo o resto. Segundo eles, a água favorece a preparação. Percebi que eles são bem orgulhosos dos pães que produzem no estado (assim como os franceses).


            E já que estava em New Jersey, é claro que queria ir no cemitério visitar o túmulo da Whitney Houston. Você sabia que ela foi enterrada com jóias avaliadas em meio milhão de dólares? Sobre o caixão, uma pesada base de concreto foi colocada para impedir que "loucos" profanassem seu túmulo para roubar as jóias da cantora. Eu creci ouvindo as músicas dela, sempre gostei, sempre me admirei, sempre me indgnei e queria ver o túmulo. Já no cemitério era difícil de acreditar que aquela pessoa com aquela voz maravilhosa que eu ouvi ao vivo (pela TV) em 1989 estava debaixo da terra em algum lugar por alí. Surreal... 


           O cemitério particular é difícil de encontrar. O GPS do carro indicava não haver "data" correspondente ao local (porque será?), mas meu telefone nos levou direitinho no lugar. Mas como encontrar um túmulo em meio a milhares? Depois de rodar e rodar e rodar decidi perguntar para um segurança sabendo que não seria uma boa idéia. Ele respondeu "o túmulo está em um lote particular reservado somente à família e eu não posso deixar que vocês cheguem até ele". Conclusão, fomos "escoltados" até a saída do cemitério. Mas graças à tecnologia atual e ao Photoshop eu tenho meu momento "close" ao túmulo. Um dia ainda tento novamente, deixa comigo...

lugar difícil de achar


Como não queria chamar a atenção guardei a máquina assim que entramos


          No dia seguinte, partimos de trem de New Jersey para New York para passar o dia. Estava muito ansioso para visitar a cidade depois de 17 anos, principalmente o memorial do 11 de Setembro e as decorações de Natal. Mas como as fotos são inúmeras, esse relato fica para a parte III.

          Agora pra você ter uma idéia de como Whitney Houston cantava ao vivo, aqui vai o único video do Youtube que está disponível sem cortes do Grammy 1989 que eu assisti ao vivo pela Globo naquela madrugada. 

            Olha o que são as escolhas que a gente faz na vida. "Deus é bom por deixarmos escolher, mas é justo para deixar que colhamos os frutos das nossas escolhas..." Como diz a minha mãe, "tóxico é uma desgraça" (ela fala tóchico... :)
Te espero na parte III.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Viagem a New York, New Jersey e Boston - Parte I

       
Costa leste dos EUA à noite
     Depois do stress das apresentações finais da faculdade eu achei que ia ter um colapso nervoso. Além do fato do tamanho dos trabalhos, eu ainda tive que entregar tudo na semana 9 em vez de na semana 10. O Robert ia para o norte do país visitar a família e perguntou se eu queria ir com ele. Claro...acha que eu ia perder essa oportunidade? Por isso tive que entregar tudo uma semana antes. Na matéria "Detalhamento", a maioria dos alunos não estava nem com 70% pronto e eu apareci só para entregar o projeto completo.

Um dos 30 detalhamentos que entregamos como trabalho final
na aula de "Detalhamento" (é assim que se chama em portiguês??)

      Grande parte da família do Robert vive em New Jersey, de onde ele veio para morar na Flórida 20 anos atrás. De cara eu já perguntei pra ele se ele gostaria de visitar Boston, minha cidade preferida nos EUA e ele concordou, afinal nunca havia estado em Boston. Combinamos tudo, chegar em Boston na sexta feira, porque as passagens estavam apenas 200 dólares (ida-volta), alugar um carro e ir até New Jersey distante, segundo ele, apenas 4 horas de viagem.

       Tive que acordar às 3 da manhã pois nosso vôo saia de Orlando às 6. Louise disse "leve seu travesseiro pra você dormir no avião". Travesseiro no avião? Que idéia brega...mesmo porque com a minha fobia de avião era mais certo que eu ia ficar agarrado na cadeira, suando, contando os minutos para o avião descer.

       Chegando no terminal de embarque notei que nosso avião da Jet Blue era assustadoramente pequeno. Odeio avião pequeno, faz barulho, sacode mais fácil, etc. Mas vamos lá, estatisticamente é mais provável se morrer indo de carro do que de avião. Confiando nos meus conhecimentos de estatística entramos no avião. A decolagem foi horrível, o barulho no avião ensurdecedor e eu quase tive um pirepaque. Sobrevivi, é claro, pois estou escrevendo este post.

       Eu adoro fotos tiradas do avião. Quase tive uma parada cardíaca quando, olhando pela janela vejo um avião se aproximar e passar por baixo  do nosso. Fiquei até mole. Pra minha surpresa e recompensa, o nosso avião passou por Manhattan a apenas 499 mil pés de altura e eu pude fotografar a cidade. A costa de Boston também foi um presente da Jet Blue :)


PQP!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Manhattan. Veja o tamanho do novo World Trade Center em comparação
com os prédios ao redor...

Vê alí o Central Park? :)




Aterrizagem em Logan International Airport of Boston.

       Chegamos no aeroporto Logan. A temperatura em Boston estava 4ºC, um sol lindo e a cidade explêndida como sempre. Alugamos um carro Infinity F35, muito legal e seguimos para New Jersey. Eu não sei de onde que o Robert tirou que eram 4 horas, porque levamos 6 horas para chegar na casa da prima dele. A pior parte é atravessar Manhattan pelo Bronx e cruzar a Washington Bridge. Só isso demorou 1 hora e meia. Chegamos em New Jersey de tarde. No dia seguinte iríamos para New York para passar o dia. Mas essa é a parte II da série de 3 posts dessa viagem...





Áreas de descanso no trajeto Boston - New Jersey

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A estrada é linda mas depois de 5 horas perdeu um pouco a graça...kkk


Cruzando o Bronx


Na parte inferior da pont George Washington.
        Agora deixa eu sair da frente do PC porque eu tenho que arrumar muita coisa aqui. Sábado meu irmão André chega do Brasil e no mesmo dia a Lorna do blog Aventuras na Magic City vem jantar em casa com o marido. Sábado vai ser um dia feliz...
         

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dia da Apresentação do Projeto Final


            Eu não ia mais falar sobre o projeto da faculdade, mas muitas pessoas pediram para postar fotos da apresentação.

            Levei a máquina e pedi para o Robert tirar centenas de fotos, principalmente dos outros trabalhos. Por experiência, sei que apenas algumas ficam apresentáveis. Eu não sou nada fotogênico, nunca fui. Odeio minhas fotos. Chegando em casa depois de ficar 4 horas em pé apresentando o projeto pra quem quer que viesse, pego a máquina, curiosíssimo e constato que o fdp "adorável" tirou 5 fotos. Das quais 1 se salva embora fora de foco. Não é pra dar veneno de rato misturado no café da manhã? Ô ódio, o pior é que é irremediável. Um estagiário tirou algumas fotos mas...o tempo só anda pra frente não é mesmo?

            Minha chefe do estágio, Jacki Arena "itself" foi convidada para a apresentação e estava lá com as garotas do escritório. Disseram que meu projeto era o melhor. Tá bom, sei que elas me amam, mas preciso de testemunho de desconhecidos pra acreditar. Se bem que para mim, pouco importa ser o melhor. Queria sim que fosse bom, muito bom. Dois outros projetos estavam muito bons. Marie, é claro era "finalista"...eu sou fã da Marie, sabe porque? Porque ela nasceu em Porto Rico, um país pobre e ela também vem de família humilde. Podia ser mal educada como maioria deles são (talvez seja cultural?), despreocupada, desorganizada, atrasada, etc. No entanto ela é totalmente o contrário de tudo isso. Acima de tudo ela tem talento e de sobra. A Biblioteca dela ficou excelente embora as pranchas possam melhorar, mas ela está no caminho.

            O outro bom projeto (segundo os jurados) foi o da Daniela que vem da República da Sérvia. A Daniela é uma das melhores alunas da faculdade. Não é muito popular na escola. Muita gente não a suporta e presenciei alguns incidentes que explicam o por quê da animosidade. Mas deixa pra lá né...que eu não estou aqui pra falar mal da garota.

Minha amiga Gina com seu Centro de Saúde na Índia

Lindsay com seu hotel em Bali, Indonésia (o mais fraquinho na minha opinião.
A Lindsay é boa designer, mas como já trabalha em um escritório de Design
não estava muito empenhada em projetos da faculdade,
queria mesmo é pegar o diploma e se mandar)

Teresa, nossa professora e Daniela com sua Biblioteca em Praga
Biblioteca fantástica da Daniela

Marie com também sua Biblioteca no Japão

Natalie e a Half House no México (half house é uma casa onde pessoas após saírem da
prisão têm de passar todas as noites por um período antes de serem
totalmente livres e independentes na sociedade)

Angela Cruz e sua Concessionára de Ônibus

Teresa e eu com  meu projeto

Da esquerda para a direita Whitney, Jacki Arena (dona da empresa onde eu estagi "ava"), ME e Kate
As garotas são Designers no escritório da Jacki
http://www.jackiarenainteriors.com/

            A Teresa nos entregou as avaliações dos visitantes e jurados. O projeto foi muito bem avaliado. De uma coisa eu sei...eu dormi como bebê depois da apresentação final. :P

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cuidado com o Golpe do Reboque em Miami!!

tow - reboque

Alex é um dos leitores do blog que entrou em contato comigo um tempo atrás. Trocamos uns emails e recentemente ele me disse que estava vindo aos EUA para uma visita. De Miami ele me escreveu um email dizendo que nunca mais voltaria a cidade e eu perguntei o por quê. Ele me contou o episódeo triste e sugeriu que eu informasse os leitores a respeito do ocorrido. Sugeri que ele mesmo contasse sua história e ontem à noite ele me mandou o email. Pesquisei um pouco e ainda descobri outras coisas. Cuidado em Miami é pouco...a cidade é linda mas os esquemas para tirar dinheiro dos turistas existe, praticado por gente da pior espécie. Abs

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A todos os leitores do blog do Renato,
escrevo para alertá-los sobre um golpe que vem sendo praticado em Miami e contra o qual todos os visitantes devem tomar cuidado. Principalmente pela falta de conhecimento sobre o cotidiano da cidade e por pensarmos que basta desembarcar nos States que tudo será honesto, justo e limpo...

É certo que muitos turistas, inclusive os brasileiros, alugam veículos quando vão a Miami. Dessa forma, todo cuidado é pouco para estacionar na área de South Beach. Há um esquema de rebocadores de veículos que age com muita eficiência em toda Miami Beach.

Ao contrário do que ocorre num grande número de cidades norte-americanas (na Califórnia, por exemplo), deixar o carro no estacionamento de alguma loja, banco ou empresa, comprar ali ou utilizar qualquer serviço e aproveitar a ocasião para fazer passeios a pé pelas redondezas é suficiente para que os rebocadores ajam. Há olheiros espalhados que chamam os caminhões, e em questão de uma hora o veículo pode não estar lá.

Se há uma placa no local informando: TOW-AWAY ZONE, não arrisque e não estacione. Essa placa não quer dizer que o veículo pode ser rebocado. Mas sim que ele será rebocado.
Duas empresas cuidam desse serviço em Miami Beach: Beach Towing Service e Tremont Towing. Ambas respondem a vários processos nos órgãos de defesa do consumidor por não cumprirem com as diretrizes para rebocamento da legislação do condado. Quando um veículo for rebocado, certamente estará no estacionamento de uma dessas empresas. E a taxa cobrada para liberação é salgada: cerca de trezentos dólares. Detalhe: só aceitam dinheiro vivo, ainda que a lei exija que essas empresas apresentem duas opções de pagamento. Disponibilizam caixas eletrônicos em suas instalações, mas levantar essas quantias em dinheiro pode significar uma dificuldade a mais para turistas. E mais um detalhe: a taxa cobrada para turistas é quase o dobro daquela cobrada para residentes.

As empresas também agem no caso de estacionamentos irregulares em locais públicos. Por exemplo, em zonas residenciais onde aquele veículo não tem permissão para estacionar. Só que acredito que nesse caso seja mais difícil cair no golpe. Os estacionamentos de lojas ou empresas são armadilhas mais perigosas.

A documentação sobre esse golpe e sobre o ódio que os residentes de Miami devotam aos rebocadores - sem, contudo, fazer com que deixem de agir - é farta:

http://blogs.miaminewtimes.com/riptide/2007/04/beach_towing_strikes_again.php

http://blogs.miaminewtimes.com/riptide/2012/02/miami_beach_towing_company_hor.php

http://www.miamiherald.com/2012/09/21/3012599/hed-here.html

Existe até uma série de TV chamada “South Beach Towing”, relatando o cotidiano da Tremont Towing.
Olha só a cara dos sujeitos...



Há muitas comunidades no Facebook provando o quanto essas comunidades são amadas. Por exemplo a “South Beach Tow Sucks! Tremont Towing”.

Cuidado, cuidado, cuidado! Se for a South Beach, deixe o carro em algum estacionamento público ou prefira os ônibus que circulam pela região. Não há dúvidas de que o carro representa uma comodidade, mas para quem não conhece essas sutilezas isso pode evitar uma dor de cabeça completamente desnecessária. São práticas muito antipáticas que, principalmente pela forma como são conduzidas, podem afastar turistas de Miami.


E falando nisso, você já pensou em explorar outros destinos para turismo e compras nos Estados Unidos? Pode ser uma boa experiência, já que Miami está cheia de armadilhas. Em locais como Dallas e Houston há bons preços, voos diretos para o Brasil, pessoas atendendo em espanhol e uma maior tranquilidade. Poucos brasileiros procuram esses destinos e por isso não são visados. Outra ótima opção é a Califórnia, que possui bons parques temáticos e recebe poucos brazucas.

Se não conseguir resistir aos apelos da tradição floridiana, vá direto para Orlando e esqueça Miami! Mas, independente do seu destino de compras, evite voos domésticos com muitas malas. As companhias norte-americanas cobram caro por mala transportada e a franquia de peso é relativamente baixa.

Obrigado a todos vocês, e olho vivo sempre!
Alex

PS: Evitem também o papo mole dos vendedores de quiosques nos shoppings de todos os EUA. Eles são na maioria israelenses e africanos e pegam turistas (e muitos residentes) no laço prometendo maravilhas como os cosméticos Orogold e Mica Bella e os ferros de passar Italsteam. Visam principalmente casais e mulheres. Não dê nem atenção. Esses produtos são caros, eles são treinados para passar golpes e em pouco tempo você pode perceber que o ferro de passar que parecia milagroso nas mãos do vendedor joga uma água marrom sobre a sua roupa, inutilizando-a.

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Agora um vídeo da infame série de TV onde Jennifer Lopez é produtora...que vergonha hein Jennifer?





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